domingo, 5 de setembro de 2010
Nosso Lar - O filme
O filme começa com André Luiz diante de uma
grande muralha, e então somos jogados junto com ele num estranho e obscuro
lugar (ou estado?) onde o sofrimento é praticamente matéria, não fosse o fato
de que nada ali é matéria como conhecemos enquanto vivos. André Luiz está
sofrendo no umbral, em meio a criaturas assustadoras e suas próprias lembranças
de encarnado. Julgado como suicida, é perseguido por espíritos das sombras, até
que pede por perdão, e o espírito Clarência vem em seu auxílio.
Aí é que somos apresentados a Nosso Lar, uma das diversas colônias espirituais
que ‘flutua’ sobre a superfície da Terra. É para lá que André é levado para seu
tratamento e jornada – como ficaremos sabendo depois. As imagens são incríveis!
Mesmo quando ainda estamos dentro do hospital espiritual já temos a sensação de
que muito está para ser mostrado nas telas. E esse ‘muito’ vem de forma
incrível.
Quando André, sempre curioso, passa a ser guiado pelas terras de Nosso Lar
passamos a ver o exemplo de uma das maravilhosas estruturas espirituais para
onde somos encaminhados após a morte, de acordo com nosso merecimento. Os
pavilhões, suas funções, os espaços de confraternização e contemplação… Tudo
nos é mostrado com cores lindas, harmônicas, e aquela boa sensação de calor e vida
que temos nos dias mais bonitos de sol. A transposição da imagem que qualquer
um cria ao ler é ainda mais perfeita no cinema.
Aos poucos André vai mergulhando no real sentido da vida, ou na vida real.
Aprendendo seu propósito e a lidar com seus sentimentos – nosso maior desafio.
Quer trabalhar para poder conseguir visitar sua família. Erra, aprende e segue,
enquanto vai registrando tudo pelo que tem passado. Parece até um blogueiro
espiritual, daqueles que nada publica, apenas salva. Isso até ter conteúdo o
suficiente para apresentar aos outros.
Sua relação com outros espíritos o coloca em contato com suas próprias dúvidas
e medos. Vai aprendendo a ser maior. Mas sua verdadeira lição vem ao visitar
seus parentes encarnados. Descobre que o ‘inferno’, que nunca existiu, está
mesmo é dentro da gente. Junto a nossos sentimentos mais obscuros e tristes.
Doma suas emoções e aprende mais sobre o amor. Se entrega aos novos fatos da
verdadeira vida e assim consegue colaborar ainda mais, como o final deixa a entender.
Quem sabe não teremos mais filmes com o personagem, além de Nosso Lar.
Fonte:valintim.blogspot.com
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