domingo, 19 de junho de 2011

Federação Espírita do Estado de Goiás realizou encontro regional em Itapirapuã.

Presidente da FEEGO, Cauci Roriz, fala
na ComOeste.
A Federação Espírita do Estado de Goiás – FEEGO realizou dias 18 e 19, no oeste do Estado, na cidade de Itapirapuã, o Encontro Regional de Trabalhadores das Casas Espíritas, a COMOESTE. O evento foi sediado no Centro Espírita Antonio Batista Gordeuch, iniciando no sábado, dia 18, com importante palestra proferida pelo palestrante da noite, médium Jacobson Santana Trovão, que mostrou diversos estágios no estudo das manifestações de espíritos até a codificação da doutrina por Allan Kardec. Na palestra, Jacobson discorreu sobre a parábola do semeador exemplificando princípios de humildade cristã na conduta de vida de Chico Xavier, médium espírita autor de cerca de 451 livros psicografados ditados por espíritos diversos.


Caravanas da região lotaram evento.
Já no domingo, dia 19, a cidade de Itapirapuã recebeu caravanas de dirigentes de casas espíritas de cidades da região, como Jussara, Goiás, Anicuns, São Luis de Montes Belos, Iporá, Itaberaí, Goiânia, etc. Fazendo a abertura do evento, o presidente da FEEGO, Cauci Roriz falou sobre a necessidade de unidade de princípios na prática do espiritismo, mas preservando a autonomia de cada instituição, tudo com base na obra de Allan Kardec.

Ivana Raisky, da FEEGO, apresenta
trabalho de grupo temático.
As temáticas do encontro, discutidas por grupos de trabalhos, foram: Capacitação de Dirigentes (presidentes, diretores, assessores), Estudos e Cursos (pessoal da área de cursos), Mediunidade(coordenadores e dirigentes da área mediúnica), Comunicação Social (pessoal da área de divulgação doutrinária), Infância (evangelizadores de crianças), Juventude (evangelizadores de jovens), Assistência e Promoção Social (pessoal da área de assistência social), e, Atendimento Fraterno (pessoal da área de recepção e atendimento fraterno). Ao final, cada grupo fez a apresentação do resultado dos debates e estudos para conhecimento da plenária do encontro.


Caravana de S. Luiz M. Belos.
Como resultado dos trabalhos realizados, foi decidido pela realização de cursos de capacitação, pela FEEGO, para trabalhadores das casas espíritas da região, na cidade de Itapirapuã e também o curso de fluidoterapia que será realizado em São Luis de Montes Belos, todos com datas ainda a serem agendadas.


O grupo de trabalho da Juventude propôs a realização de encontro de jovens na região oeste do Estado, ainda para esse ano, como forma de integração de grupos de jovens trabalhadores nas casas espíritas.
O presidente do Centro Espírita Antonio Batista Gordeuch, Eurípedes Ramos Vaz, franqueou a sede da entidade como base de apoio da FEEGO, para realização de cursos e encontros na região.


Jacobson Santana Trovão
autografou livros.
O médium Jacobson Santana Trovão, no encerramento do evento, psicografou mensagem do Espírito José Romão Nilo (ex-presidente da FEEGO), e, também comunicou a presença de Antonio Batista Gordeuch, que juntamente com sua equipe de trabalhadores espirituais, cumprimentou a todos pela importância do evento realizado.


O próximo COMOESTE será realizado em 03/06/2012 na Cidade de Goiás.

Presidente do CEABG, Eurípedes Ramos Vaz,
agradece aos participantes.


Chico Xavier - Resumo Biográfico

“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo,

qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.”


Francisco de Paula Cândido, o inesquecível médium que se tornou conhecido simplesmente como Chico Xavier, nasceu em Pedro Leopoldo - MG, em 2 de abril de 1910, e desencarnou em Uberaba, no mesmo Estado, em 30 de junho de 2002.
Filho de Maria João de Deus e João Cândido Xavier, foi educado na religião católica, e teve seu primeiro contato com o Espiritismo em 1927. Transformou-se em um dos maiores expoentes do Espiritismo no Brasil e no mundo.
Detentor de uma mediunidade aquinhoada, psicografou 451 livros, sendo 39 publicados após o seu desencarne. Nunca admitiu ser o autor de nenhuma dessas obras. Reproduzia apenas o que os espíritos lhe ditavam. Por esse motivo, não aceitava o dinheiro arrecadado com a venda de seus livros. Cedeu os direitos autorais para organizações espíritas e instituições de caridade, desde o primeiro livro – o “Parnaso de Além-Túmulo”. Publicado em 1932, contém 256 poemas de poetas desencarnados, entre eles os portugueses João de Deus, Antero de Quental e Guerra Junqueiro, e os brasileiros Olavo Bilac, Cruz e Sousa e Augusto dos Anjos.
Foram vendidos mais de 50 milhões de exemplares psicografados por Chico Xavier em português, com traduções em inglês, espanhol, japonês, esperanto, italiano, russo, romeno, mandarim, sueco e braile.
Chico psicografou, ainda, cerca de 10 mil cartas de desencarnados para suas famílias, que lhes serviram de consolo e esperança.


Devido à inegável credibilidade conquistada como médium espírita e como grande fomentador da Paz entre todos os seres, Chico chegou a ter o seu nome indicado ao Instituto Nobel, na Suécia, para receber o Prêmio Nobel da Paz de 1981, numa campanha liderada pelo então diretor da Rede Globo, Augusto César Vanucci. No Brasil, em 15 de novembro do ano 2000, foi eleito “O Mineiro do Século XX”, numa promoção da Rede Globo de Minas Gerais, seguido pelos nomes de Santos Dumont e Juscelino Kubitschek.


Complementando este resumo biográfico, reproduzimos, abaixo, uma belíssima mensagem de Joanna de Ângelis. Trata-se de um verdadeiro retrato descritivo da grandeza moral e espiritual de Chico Xavier.
O Retorno do Apóstolo Chico Xavier
Quando mergulhou no corpo físico, para o ministério que deveria desenvolver tudo eram expectativas e promessas.
Aquinhoado com incomum patrimônio de bênçãos, especialmente na área da mediunidade, Mensageiros de Luz prometeram inspirá-lo e ampará-lo durante todo o tempo em que se encontrasse na trajetória física, advertindo-o dos perigos da travessia no mar encapelado das paixões, bem como das lutas que deveria travar para alcançar o porto de segurança.
Orfandade, perseguições rudes na infância, solidão e amargura estabeleceram o cerco que lhe poderia ter dificultado o avanço, porém, as providências superiores auxiliaram-no a vencer esses desafios mais rudes e a crescer interiormente no rumo do objetivo de iluminação.
Adversários do ontem, que se haviam reencarnado também, crivaram-no de aflições e de crueldade durante toda a existência orgânica, mas ele conseguiu amá-los, jamais devolvendo as mesmas farpas, os espículos e o mal que lhe dirigiam.


Experimentou abandono e descrédito, necessidades de toda ordem, tentações incontáveis que lhe rondariam os passos, ameaçando-lhe a integridade moral, mas não cedeu ao dinheiro, ao sexo, às projeções enganosas da sociedade, nem aos sentimentos vis.


Sempre se manteve em clima de harmonia, sintonizado com as Fontes Geradoras da Vida, de onde hauria coragem e forças para não desfalecer.
Trabalhando infatigavelmente, alargou o campo da solidariedade, e acendendo o archote da fé racional que distendia através dos incomuns testemunhos mediúnicos, iluminou vidas que se tornaram faróis e amparo para outras tantas existências.
Nunca se exaltou e jamais se entregou ao desânimo, nem mesmo sob o metralhar de perversas acusações, permanecendo fiel ao dever, sem apresentar defesas pessoais ou justificativas para os seus atos.
Lentamente, pelo exemplo, pela probidade e pelo esforço de herói cristão, sensibilizou o povo e os seus líderes, que passaram a amá-lo. Tornou-se parâmetro do comportamento, transformando-se em pessoa de referência para as informações seguras sobre o Mundo Espiritual e os fenômenos da mediunidade.
Sua palavra doce e ungida de bondade sempre soava ensinando, direcionando e encaminhando as pessoas que o buscavam para a senda do bem.
Em contínuo contato com o seu Anjo tutelar, nunca o decepcionou extraviando-se na estrada do dever, mantendo disciplina e fidelidade ao compromisso assumido.
Abandonado por uns e por outros, afetos e amigos, conhecidos ou não, jamais deixou de realizar o seu compromisso para com a Vida, nunca desertando das suas tarefas.
As enfermidades minaram-se as energias, mas ele as renovava através da oração e do exercício intérmino da caridade. A claridade dos olhos diminuiu até quase apagar-se; no entanto, a visão interior tornou-se mais poderosa para penetrar nos arcanos da Espiritualidade.


Nunca se escusou a ajudar, mas nunca deu trabalho a ninguém.


Seus silêncios homéricos falaram mais alto do que as discussões perturbadoras e os debates insensatos que aconteciam à sua volta e longe dele, sobre a Doutrina que esposava e os seus sublimes ensinamentos.
Tornou-se a maior antena parapsíquica do seu tempo, conseguindo viajar fora do corpo, quando parcialmente desdobrado pelo sono natural, assim como penetrar em mentes e corações para melhor ajudá-los, tanto quanto tornando-se maleável aos Espíritos que o utilizaram por quase 75 anos de devotamento e renúncia na mediunidade luminosa. Por isso mesmo, o seu foi um mediunato incomparável.
... E, ao desencarnar, suave e docemente, permitindo que o corpo se aquietasse, ascendeu nos rumos do Infinito, sendo recebido por Jesus, que o acolheu com a Sua bondade, asseverando-lhe:
— Descansa por um pouco, meu filho, a fim de esqueceres as tristezas da Terra e desfrutares das inefáveis alegrias do reino dos Céus.
Mensagem psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador-BA, em 2 de julho de 2002. Texto inserido no livro “O Paulo de Tarso dos Nossos Dias”, de Ana Maria Spränger - Editora Leal.

Allan Kardec – O Insigne Codificador da Doutrina Espírita

O professor Hippolyte Léon Denizard Rivail, mundialmente conhecido pelo pseudônimo de ALLAN KARDEC, nasceu em 3 de outubro de 1804, na cidade de Lyon, na França, filho de tradicional família de advogados e magistrados.


Terminados os seus estudos básicos em Lyon, Hippolyte foi enviado à cidade de Yverdon, na Suíça, para estudar no Instituto Pestalozzi, à época uma das mais respeitadas instituições de ensino da Europa, fundado e dirigido pelo professor Johann Heinrich Pestalozzi, um dos pioneiros da pedagogia moderna.


Inteligente, disciplinado e responsável, o menino Hippolyte logo se destacou nos estudos, tendo recebido importantes atribuições do mestre Pestalozzi.


Formado em Ciências e Letras, o jovem Hippolyte tornou-se um conceituado pedagogo e divulgador do método pestalozziano, na Escola de Primeiro Grau, por ele fundada e dirigida em Paris, em 1825. Tendo sido levado a fechá-la por motivos de força maior, no ano seguinte fundou o Instituto Técnico Rivail, inspirado nos mesmos moldes da Instituição que frequentara Yverdon. Poliglota, fez parte de várias instituições científicas da época e publicou diversos e importantes trabalhos didáticos e pedagógicos. Sobre suas qualificações na nobre profissão, o Dr. Canuto Abreu relatava, em trecho de artigo constante na revista Metapsíquica (1936):


O longo tirocínio no magistério, iniciado aos quinze anos, dera-lhe ainda a faculdade de expor com clareza e escrever com elegância e precisão.


Completava-lhe o caráter invulgar um sólido conhecimento de filosofia e teologia, estudadas em plena liberdade de espírito, tolerância e amor à verdade, seguindo a programação de Rousseau, sistematizada por Pestalozzi e conforme os trabalhos formidáveis dos enciclopedistas do século 18.


Em fevereiro de 1832, Hippolyte Léon Denizard Rivail casou-se com a professora Amélie-Gabrielle de La Combe Boudet, culta e inteligente, autora de livros didáticos e de poesia. Abnegada companheira, Amélie-Gabrielle muito viria a auxiliá-lo em sua instituição de ensino e, posteriormente, em sua missão como Codificador do Espiritismo.


Após longa e produtiva trajetória como ilustre e consagrado pedagogo e educador, em 1854 o professor Rivail estabeleceu os primeiros contatos com o fenômeno das “mesas girantes”. Pouco a pouco, após assistir a vários fenômenos mediúnicos, concluiu pela sua veracidade e passou a se dedicar ao estudo e averiguação criteriosa dos fatos a eles relacionados.


Assim, por meio de uma investigação séria, meticulosa, racional e rigorosa, o professor Rivail elaborou, poucos anos depois, as obras baseadas nos ensinamentos e esclarecimentos transmitidos por espíritos de elevada categoria, obras essas que vieram a formar o chamado Pentateuco Espírita.


A primeira delas – O Livro dos Espíritos – base fundamental do Espiritismo, foi publicada em 18 de abril de 1857. Não se reconhecendo como único autor dessa obra, já que atuara em parceria com os espíritos que haviam fornecido as informações essenciais da nova doutrina, o professor Rivail resolveu adotar o pseudônimo de Allan Kardec, sua identidade em encarnação passada, como antigo sacerdote druida, entre os celtas, na antiga Gália (hoje território da França). Tal informação lhe fora passada por um espírito protetor chamado Zéfiro.


Sucessivamente, Allan Kardec publicou, ainda: o Livro dos Médiuns (1861); O Evangelho Segundo o Espiritismo (1864); O Céu e o Inferno (1865); e A Gênese (1868).


Em 1º de janeiro de 1858, editou a Revue Spirite (Revista Espírita), primeiro veículo de divulgação do Espiritismo na Europa. E em 1º de abril do mesmo ano, fundou a primeira sociedade espírita do mundo, denominada “Societé Parisienne des Études Spirites” (Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas).


Obs.: Anos após o desencarne de Allan Kardec, ocorrido em 31 de março de 1869, dirigentes da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas editaram em Paris, em janeiro de 1890, o livro “Obras Póstumas”, contendo uma compilação dos escritos do Codificador da Doutrina Espírita. Na epígrafe, fizeram constar a frase "É preciso propagar a Moral e a Verdade".
Fonte: http://www.encontrofraterno.org.br/