domingo, 19 de junho de 2011

Allan Kardec – O Insigne Codificador da Doutrina Espírita

O professor Hippolyte Léon Denizard Rivail, mundialmente conhecido pelo pseudônimo de ALLAN KARDEC, nasceu em 3 de outubro de 1804, na cidade de Lyon, na França, filho de tradicional família de advogados e magistrados.


Terminados os seus estudos básicos em Lyon, Hippolyte foi enviado à cidade de Yverdon, na Suíça, para estudar no Instituto Pestalozzi, à época uma das mais respeitadas instituições de ensino da Europa, fundado e dirigido pelo professor Johann Heinrich Pestalozzi, um dos pioneiros da pedagogia moderna.


Inteligente, disciplinado e responsável, o menino Hippolyte logo se destacou nos estudos, tendo recebido importantes atribuições do mestre Pestalozzi.


Formado em Ciências e Letras, o jovem Hippolyte tornou-se um conceituado pedagogo e divulgador do método pestalozziano, na Escola de Primeiro Grau, por ele fundada e dirigida em Paris, em 1825. Tendo sido levado a fechá-la por motivos de força maior, no ano seguinte fundou o Instituto Técnico Rivail, inspirado nos mesmos moldes da Instituição que frequentara Yverdon. Poliglota, fez parte de várias instituições científicas da época e publicou diversos e importantes trabalhos didáticos e pedagógicos. Sobre suas qualificações na nobre profissão, o Dr. Canuto Abreu relatava, em trecho de artigo constante na revista Metapsíquica (1936):


O longo tirocínio no magistério, iniciado aos quinze anos, dera-lhe ainda a faculdade de expor com clareza e escrever com elegância e precisão.


Completava-lhe o caráter invulgar um sólido conhecimento de filosofia e teologia, estudadas em plena liberdade de espírito, tolerância e amor à verdade, seguindo a programação de Rousseau, sistematizada por Pestalozzi e conforme os trabalhos formidáveis dos enciclopedistas do século 18.


Em fevereiro de 1832, Hippolyte Léon Denizard Rivail casou-se com a professora Amélie-Gabrielle de La Combe Boudet, culta e inteligente, autora de livros didáticos e de poesia. Abnegada companheira, Amélie-Gabrielle muito viria a auxiliá-lo em sua instituição de ensino e, posteriormente, em sua missão como Codificador do Espiritismo.


Após longa e produtiva trajetória como ilustre e consagrado pedagogo e educador, em 1854 o professor Rivail estabeleceu os primeiros contatos com o fenômeno das “mesas girantes”. Pouco a pouco, após assistir a vários fenômenos mediúnicos, concluiu pela sua veracidade e passou a se dedicar ao estudo e averiguação criteriosa dos fatos a eles relacionados.


Assim, por meio de uma investigação séria, meticulosa, racional e rigorosa, o professor Rivail elaborou, poucos anos depois, as obras baseadas nos ensinamentos e esclarecimentos transmitidos por espíritos de elevada categoria, obras essas que vieram a formar o chamado Pentateuco Espírita.


A primeira delas – O Livro dos Espíritos – base fundamental do Espiritismo, foi publicada em 18 de abril de 1857. Não se reconhecendo como único autor dessa obra, já que atuara em parceria com os espíritos que haviam fornecido as informações essenciais da nova doutrina, o professor Rivail resolveu adotar o pseudônimo de Allan Kardec, sua identidade em encarnação passada, como antigo sacerdote druida, entre os celtas, na antiga Gália (hoje território da França). Tal informação lhe fora passada por um espírito protetor chamado Zéfiro.


Sucessivamente, Allan Kardec publicou, ainda: o Livro dos Médiuns (1861); O Evangelho Segundo o Espiritismo (1864); O Céu e o Inferno (1865); e A Gênese (1868).


Em 1º de janeiro de 1858, editou a Revue Spirite (Revista Espírita), primeiro veículo de divulgação do Espiritismo na Europa. E em 1º de abril do mesmo ano, fundou a primeira sociedade espírita do mundo, denominada “Societé Parisienne des Études Spirites” (Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas).


Obs.: Anos após o desencarne de Allan Kardec, ocorrido em 31 de março de 1869, dirigentes da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas editaram em Paris, em janeiro de 1890, o livro “Obras Póstumas”, contendo uma compilação dos escritos do Codificador da Doutrina Espírita. Na epígrafe, fizeram constar a frase "É preciso propagar a Moral e a Verdade".
Fonte: http://www.encontrofraterno.org.br/

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